23 de dezembro de 2008

Amelie, parte V - O pingente

Um episódio isolado. O pingente..

Cinco da tarde.
Era um dia relativamente chuvoso e as últimas quatro horas para amelie tinha sido suficientes para acumularem-se, no mínimo, três ou quatro pesadelos..
Sonhos maldosos, se preferir.
Em meio ao doce barulho da chuva, Amelie já tinha despertado, e fixava seus olhos no teto.
Ah, a chuva..caía, dançando com o vento gelado, impiedoso.Houve um travesseiro imprensado, suas mãos esfregaram os olhos sonolentos ainda, e seus pés a arrastaram para fora da cama.
Pegou um copo de café e se cobriu novamente, mas não sem antes xingar o chão frio, o que lhe causou arrepios.
O frio *-*
Levantou mais uma vez, e descansou o copo na escrivaninha, e foi olhar no armário.
Nada de bom pra vestir hoje, pensou.
Junto ás roupas inúteis do armário, havia um objeto.
Uma caixa de papelão, mas era do tipo bem sólido e firme. Nem lembrava que a havia guardado lá.
Bocejou..ainda tinha os pesadelos passeando na sua mente, vívidos. Pediam uma certa reflexão, até.
Pegou-a pra si e analisou os recortes de revistas antigas, que estavam grudados nela, formando uma espécie de estampa. Eram coloridas.
Alguma coisa por ali tinha de ser.
Seu rosto tinha uma expressão um tanto quanto dramática, imagine você.
Seus lábio eram secos. Tinham cor de sangue, mas eram secos.
Levantou a tampa alegre da caixinha e esta fez um assobio de delação..
Tinha um ar de segredo, de indiosidade, e dava uma sensação quase pertubadora. Nela haviam fotos antigas, papéis, textos, clipes de papel, bilhetes. cartas que nunca madara, das quais metade nunca conclui o conteúdo.
Fitas adesivas, entre outras parafenalhas.
Cada qual com seu valor emocional adequado. Porém, estúpidas.
esse tipo de coisa é típico dela. típico.
E havia ali um pingente: miúdo e solitário. Parecia tão ansioso por respirar que esgueirou-se por ehtre alguns bilhetes e brilhou..Era tão amarelo-tarde.
amerelo-amarelo.
Trazia lembranças á Amelie. Tempos bons, que sinceramente? poderiam jamais ter acabado, e, tempos difíceis que -porquê, meu Deus, porquê?- poderiam dissolver-se na sua mente até virarem um monte de nada.
Ínfimas palavras, atitude petulantes..
Pseudo amizades, momentos eternos de desolação..
Um maldito -e querido- pingente.

Nem eu sei dizer como, nem exatamente o porquê mas..Ela sentiu tanto ódio e repulsa do pequeno artefato que.

continua.

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